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A pandemia de Covid-19 afetou todos os âmbitos da sociedade, fazendo com que a expressão “novo normal” virasse sinônimo de mútua convivência com o vírus, inclusive no mundo dos esportes. Os triatletas, caracterizados pela garra e força de vontade, precisaram quebrar novas barreiras para superar as sequelas causadas pela infecção e retomar sua rotina de treinos com segurança e responsabilidade.

De acordo com o Dr. Leandro Gregorut, responsável pela área médica do IRONMAN Brasil, os esportistas precisam se atentar a chamada “síndrome pós-Covid”, termo utilizado no meio médico para caracterizar doenças que as pessoas podem desenvolver após a infecção pelo SARS-CoV-2, o novo coronavírus.

“As sequelas mais comuns são as pulmonares, cardíacas, intestinais, neurológicas e aquelas relacionadas a trombose”, apontou o Dr. Leandro. Para o médico ortopedista, um check-up é indispensável para que os atletas possam, junto a um profissional da medicina esportiva ou da área de ortopedia, organizar treinos corretivos e de melhora de performance de acordo com os resultados de uma bateria de exames.

Ainda mais, as incertezas sobre as consequências pós-infecção deixam em alerta os esportistas que tiveram contato com o vírus e voltaram a praticar exercícios de média ou alta intensidade em um curto espaço de tempo, uma vez que, segundo estudos divulgados ao redor do mundo, são os que correm maiores riscos cardíacos, pulmonares, musculares e até neurológicos.

Isso acontece pelo fato dos pacientes ditos como assintomáticos – ou seja, que contraíram o vírus, mas não desenvolveram sintomas – passarem por períodos de infecção, desenvolverem sequelas e continuarem em uma forte pegada de treinos.

Além disso, aqueles que se infectaram e desenvolveram a Covid-19 de maneira sintomática, relatam falta de ar e outras dificuldades no retorno aos treinos, tanto no ganho aeróbico quanto anaeróbico.

Dr. Leandro Gregorut, responsável pela área médica do IRONMAN Brasil

Nas palavras do Dr. Leandro, pesquisas apontam que um tipo de fibrose pós-Covid pode fazer com que a performance do atleta diminua na retomada das atividades físicas. “É importante que você (atleta) passe por um médico cardiologista ou pneumologista e realize exames específicos para descobrir a existência de sequelas que necessitam de atenção e podem comprometer a sua saúde”, expõe Gregorut.

Portanto, na normalidade em que nos encontramos hoje, você, triatleta, é aconselhado a procurar um médico para saber se sua condição é boa para a retomada das atividades em caso de infecção previamente conhecida por Covid ou até mesmo para checar se há algum problema em decorrência de uma possível infecção assintomática, principalmente antes da execução de exercícios aeróbicos.