Para os amantes do #nadapedalacorre, este sábado de carnaval, dia 18 de fevereiro, promete ser uma data muito celebrada! No mesmo dia, no ano de 1978, John e Judy Collins, um casal integrante da marinha norte-americana, residentes na ilha de Kona (Havaí), queriam saber quem era o atleta de resistência mais completo. Para isso, decidiram combinar as três maiores provas realizadas no arquipélago do Pacífico: a travessia Waikiki Roughwater (2,3 milhas de natação – 3,8km), a volta ciclística de Oahu (115 milhas – 180km) e a maratona de Honolulu (42,2km). O atleta que completasse as 3 corridas de forma sequencial seria conhecido como “IRONMAN”. A ousada disputa chamou a atenção de outros 13 participantes. Depois de 11 horas e 46 minutos, Gordon Haller foi o primeiro atleta a cruzar a linha de chegada, dando início ao que seria um considerado dos eventos esportivos mais difíceis e prestigiados de todos os tempos.
No ano seguinte, a prova chamou a atenção Barry McDermott, um jornalista da Sports Illustrated que estava no Havaí para cobertura de um evento de golfe. Seu artigo de 10 páginas sobre a nova modalidade, praticamente transformou Tom Warren, vencedor da prova naquele ano, em um heroi de endurance, além, claro, de abrir as portas para o triathlon para todo o planeta. A partir de 1982, com o interesse constante de atletas da costa leste dos Estados Unidos e mesmo de alguns europeus, o evento passou a ser realizado no mês de outubro, permitindo que aqueles que treinavam em climas mais frios aproveitassem o verão do hemisfério norte para se preparar para a prova.
Em 1985, o IRONMAN passou a se tornar uma marca global, estreando suas duas primeiras corridas fora do território havaiano. Kona então passou a ser o local escolhido para sede do IRONMAN World Championship. De la para cá, a modalidade se consolidou e o triathon, não apenas se expandiu, como também ganhou distâncias intermediárias e mais rápidas. Em 2005, foi lançada a oficialmente distância IRONMAN 70.3 (1,5km de natação, 80km de ciclismo e 21,1km de corrida), atraindo ainda mais atletas para o circuito. Atualmente são mais de 170 corridas disputadas em 5 continentes e Kona se transformou no destino mais almejado por triatletas amadores e profissionais.
O Brasil também deixou sua marca no maior evento de triathlon do mundo. Fernanda Keller completou nada menos do que 24 mundiais de IRONMAN, tornando-se a atleta feminina com mais participações na história da prova. A brasileira nascida em Niterói (RJ) também subiu ao pódio em terceiro lugar em seis ocasiões (1994, 1995, 1997, 1998, 1999, 2000), tornando-se a maior medalhista do país no evento, além do melhor resultado do Brasil na prova, entre homens e mulheres.
Em 2017, o mineiro Thiago Vinhal tornou-se o primeiro atleta negro a competir na categoria profissional e seu 13º lugar geral é o melhor resultado de um atleta brasileiro na prova masculina (elite). Em 2022, o paulista José Berlarmino, sagrou-se campeão mundial por categoria tanto no percurso original em Kona (IMWC), como na metade da distância, em Saint George (IM70.3WC), na mesma temporada, um feito inédito entre atletas amadores no país.
