O triathlon exige multifoco e extrema atenção a cada uma das três modalidades que trazem grandes diferenças entre si. Como muitos triatletas normalmente já praticam natação, ciclismo ou corrida antes de iniciarem no esporte, a procura por treinadores especializados na área pode ser uma dúvida para quem está começando.
Confiantes de suas capacidades, os atletas acabam por confundi-las com técnica, essencial para quem deseja dar o melhor si no Triathlon sem trazer riscos à saúde e otimizar a performance. Toda força de vontade do mundo e empenho são necessários nesse esporte? Sim, mas é preciso saber usá-los.
É muito comum encontrar pessoas que treinam como autônomas. Rodrigo Lobo, educador físico, diz o que pensa sobre o assunto, “Geralmente essas pessoas treinam demais e acabam cometendo alguns equívocos como errar na intensidade e não saber distribuir as modalidades. Os conflitos também são muito comuns, pois elas não sabem se estão fazendo corretamente, e são carentes de informação, pois acabam pesquisando em fontes não científicas. Segundo ele, o treinador é o responsável por passar as melhores técnicas aos triatletas. Por meio de um treinamento adaptado, a semana será composta de forma que o atleta não se machuque, não treine excessivamente e faça as atividades possíveis para evitar frustração e abandono temporário ou definitivo do esporte.
A IRONMAN Talita Saab, 34 anos, começou no Triathlon apenas com um professor de natação. Foi quando um amigo experiente lhe disse que sem orientação correta ela não iria evoluir e também corria riscos de se machucar. Talita então procurou uma treinadora, “Foi essencial e é o que passo para todos que me perguntam hoje. Se você começa certo, aprende certo. Não cria vícios e não se machuca com volume de treinos absurdos com os quais são corpo não está acostumado, por maior que seja a sua vontade.”
No entanto, a grande oferta de assessorias e de profissionais existentes para dar apoio ao triatleta que vemos hoje já foi bastante escassa. Quando o IRONMAN Amilcar Altemani, 53 anos, começou a treinar, elas nem existiam,“Comecei no triathlon no final dos anos 80, em uma época que não havia treinadores para esse esporte, então cada um tinha que aprender um pouco sozinho, sofrendo na pele pelos erros, normalmente pelos excessos”.
Anos depois, Amilcar retornou às competições, mas continuou sem treinador durante três anos, o que segundo ele foi uma boa experiência, mas em certo momento, parou de evoluir. Com ajuda de um amigo mais experiente, ele montou um treino especial e teve uma nova performance, alcançando mais resultados. “O crescimento foi imediato, com 2 meses de treino, ajustei uma série de detalhes, dei mais qualidade aos meus treinos, além de ter recebido várias dicas preciosas”, complementa Amilcar.
Em 2016, um amigo finalmente convenceu Amilcar a procurar ajuda técnica e especializada e ele foi em busca de uma Assessoria Esportiva. Com dois meses e meio de treino conduzido e aos 52 anos de idade, Amilcar conquistou o 5º lugar no IRONMAN 70.3 Buenos Aires, “Com um treinador, você terá um planejamento, não precisará pensar no que fazer, qual o volume, a frequência e potência. Isto será trabalho de quem estiver treinando você. Você terá sua planilha e seu único dever será cumprir e passar as reações do seu corpo para que seu treinador faça os ajustes”.
Como o triathlon trata de uma atividade regular e sistemática, o acompanhamento de um profissional é essencial. A prática de um esporte sem orientação competente aumenta significativamente o risco de lesões e traz a queda dos resultados. Segundo Rodrigo Lobo, educador físico, outro ponto importante é que o profissional da área tem um domínio amplo do atleta, como indivíduo, que envolvem desde aspectos comportamentais e psicológicos até questões físicas, fisiológicas, biomecânicas e bioquímicas. “Entender esse indivíduo e o cenário no qual ele está inserido faz com que a gente consiga ter tomadas de decisão mais assertivas, com toda capacitação técnica e científica em relação à condução desse trabalho”, diz Lobo.
Talita e seu treinador vivem em sintonia. Ele não só tem conhecimento de sua periodização ideal, quando deve ou não descansar para uma prova ou quando deve ir até o limite, assim como conhece seu cotidiano e sabe como os acontecimentos podem lhe gerar os mais diversos sentimentos: estresse, alegria. Segundo Talita, “Tudo isso é baseado em números, dados gerados por tecnologias e plataformas que auxiliam na análise que o meu treinador faz, mas nada dispensa a conversa e o feeling para escutar seu próprio corpo”.
Treinar com acompanhamento permite um melhor direcionamento, mas depende do perfil do treinador e do atleta, além de um alinhamento de expectativas e potencialidades. Ter essa oportunidade, dá ao triatleta segurança e otimização ao rendimento, fazendo com que se chegue o mais rápido possível nos objetivos de uma maneira segura, eficaz e eficiente. Sempre contando com o apoio de um braço direito para alinhar, conversar e corrigir nos momentos difíceis e compartilhar emoções, energias e vitórias em todos os bons momentos que estão por vir.
Acompanhe as postagens pelas redes sociais curtindo a nossa página clicando aqui.
Para saber sobre inscrições clique aqui